Meus caros botões,
Fui desencavar um pouco do Michael Jackson que tanto amei, só pra entender porque me sinto tão mais pobre. E achei tesouros. E achei nossas afinidades. Na canção EARTH SONG, ele, muito jovem ainda, falou o que eu falaria e ainda falo hoje sobre o que estamos fazendo com nossa grande casa - a Terra, e se estamos nos importando com os que precisarão dela amanhã.
Ele escreveu:
What about sunrise,
What about rain
What about all the things that you said we were to gain?
What about killing fields, is there a time
What about all the things that you said were yours and mine
Did you ever stop to notice all the blood we've shed before?
Did you ever stop to notice the crying Earth, the weeping shore?
Aah............... Aah... Oh...........Ooh Aah............... Aah.. Ooohh...........
What have we done to the world, look what we've done
What about all the peace that that you pledge your only son?
What about flowering fields is there a time?
What about all the dreams that you said were yours and mine?
Did you ever stop to notice all the children dead from war?
Did you ever stop to notice the crying Earth the weeping shore?
CHORUS.
Bridge I used to dream, I used to glance beyond the stars
Now I don't know where we are, although I know we've drifted far
Repeat CHORUS.
Ah.................. Ah.. Oh................... Oh... Ah...................Ah.. Oooh..................... Verses
What about yesterday / what about us?
What about the seas / what about us
The heavens are falling down / what about us
I cant even breathe / what about us
What about the bleeding Earth / what about us
Can't we feel it's wounds / what about us?
What about nature's worth
Ooh-OOh
It's our planet's womb / what about us?.
What about animals / what about it
We've turned kingdoms to dust / what about us
What about elephants / what about us
Have we lost their trust / what about us
What about crying whales / what about us
We're ravaging the seas / what about us
What about forest trails
ooh-Ooh
Burnt despite our pleas / what about us
What about the holy land / what about it
Torn apart by creed / what about us
What about the common man / what about us
Can't we set him free / what about us
What about children dying / what about us
Can't you hear them cry / what about us
Where did we go wrong ooh-ooh
Someone tell me why / what about us
What about babies / what about it
What about the days / what about us
What about all their joy / what about us
What about the man / what about us
What about the crying man / what about us
What about Abraham / what about us
What about Death again ooh-ooh
Do we give a damn??
Aah..........ah Ooh..........Ooh Aah..........Ah Oooh............
MICHAEL JACKSON Earth Song
Canção da Terra (Direitos reservados aos seus respectivos autores. Traduções ©mjMusic.)
E quanto ao amanhecer
E quanto a chuva
E quanto a todas as coisas que você disse que conquistaríamos
E quanto aos campos de batalha
Ainda há tempo?
E quanto a todas as coisas que você disse serem suas e minhas
Você já parou para ver todo o sangue que já derramamos
Você já parou para ver
Esta Terra que chora, está se desfazendo
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
O que fizemos ao mundo
Olhe o que fizemos
E quanto a toda a paz que você prometeu ao seu filho
E quanto aos campos florescendo
Ainda há tempo?
E quanto a todos os sonhos que você disse serem seus e meus
Você já parou para ver
Todas as crianças mortas na guerra
Você já parou para ver
Esta Terra que chora, está se desfazendo
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
Eu costumava sonhar
Que podia ver além das estrelas
Agora não sei onde estamos
Mas sei que fomos longe demais
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
Ei, e quanto a ontem? (E quanto a nós)
E quanto aos mares? (E quanto a nós)
Os céus estão despencando (E quanto a nós)
Não posso nem respirar (E quanto a nós)
Preciso de você (E quanto a nós)
E quanto ao valor da natureza? (ooo, ooo)
É o útero do nosso planeta (E quanto a nós)
E quanto aos animais? (E quanto a eles)
Transformamos reinos em pó (E quanto a nós)
E quanto aos elefantes? (E quanto a nós)
Perdemos a confiança deles (E quanto a nós)
E quanto as baleias que choram? (E quanto a nós)
Debatendo-se nos mares (E quanto a nós)
E quanto as florestas? (ooo, ooo)
Queimadas apesar de nossos pedidos (E quanto a nós)
E quanto a terra sagrada? (E quanto a ela)
Dividida por ganância (E quanto a nós)
E quanto ao homem comum? (E quanto a nós)
Não Podemos libertá-lo? (E quanto a nós)
E quanto as crianças que estão morrendo? (E quanto a nós)
Você não consegue ouvir seus choros? (E quanto a nós)
Onde nós erramos? (ooo, ooo)
Alguém me diga porque (E quanto a nós)
E quanto ao seu filho? (E quanto a ele)
E quanto aos dias? (E quanto a nós)
E quanto a toda diversão deles? (E quanto a nós)
E quanto ao homem? (E quanto a nós)
E quanto ao homem que chora? (E quanto a nós)
E quanto a Abraão? (E quanto a nós)
E quanto a morte? (ooo, ooo)
Nós ao menos nos importamos?
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Vida equalizada
Olá meus botões
Um notícia de morte me fez escrever hoje sobre isso. Morreu um superastro, cuja arte acompanhou a meninice e a juventude de milhões de nós. Morreu Michael Jackson.
Curioso como a morte de alguém tão distante de mim me invade assim, me entristece mesmo.
E me faz pensar no quanto somos iguais. Superastros ou anônimos, só estamos aqui de passagem.
Mas há também uma grande diferença. A notícia da morte daquelas pessoas que tocaram meu coração de alguma maneira, mesmo que tão à distância, faz mais diferença que a notícia da morte de alguém que conhecia de perto mas que nunca chegou ao meu coração.
Que lindo mistério esse de amores que não precisam de retribuição para existir. Sim, quando meu coração se afeta com a perda de alguém que nunca fez parte física da minha vida, eu reconheço aquele AMOR que todos experimentamos um dia na vida mas que insistimos em não aceitar. O AMOR desapego, o AMOR sem posse, o AMOR que nos felicita a alma sem que precisemos cobrar nada, e que nada nos cobra. O AMOR que nos sustenta como espécie.
Quantos momentos de deleite, de alegria, de felicidade daquelas que só nossos amores nos proporcionam me chegaram através da arte daquele menino que cantava como um anjo.
Que pena que se tenha perdido na estrada alguém dotado de tanto talento e carisma. Fico pensando nele como uma criança explorada pela ganância da família, do showbiz e de todas as incompreensões que o separaram de si mesmo. Tanta glória e tanto sofrimento juntos devem servir para nos ensinar alguma coisa.
Vou pensar muito nisso, enquanto reparo no quanto a morte nos torna iguais de verdade. Agora ele também é oceano. E eu me permito respirar profundamente a tristeza que sinto agora.
Um notícia de morte me fez escrever hoje sobre isso. Morreu um superastro, cuja arte acompanhou a meninice e a juventude de milhões de nós. Morreu Michael Jackson.
Curioso como a morte de alguém tão distante de mim me invade assim, me entristece mesmo.
E me faz pensar no quanto somos iguais. Superastros ou anônimos, só estamos aqui de passagem.
Mas há também uma grande diferença. A notícia da morte daquelas pessoas que tocaram meu coração de alguma maneira, mesmo que tão à distância, faz mais diferença que a notícia da morte de alguém que conhecia de perto mas que nunca chegou ao meu coração.
Que lindo mistério esse de amores que não precisam de retribuição para existir. Sim, quando meu coração se afeta com a perda de alguém que nunca fez parte física da minha vida, eu reconheço aquele AMOR que todos experimentamos um dia na vida mas que insistimos em não aceitar. O AMOR desapego, o AMOR sem posse, o AMOR que nos felicita a alma sem que precisemos cobrar nada, e que nada nos cobra. O AMOR que nos sustenta como espécie.
Quantos momentos de deleite, de alegria, de felicidade daquelas que só nossos amores nos proporcionam me chegaram através da arte daquele menino que cantava como um anjo.
Que pena que se tenha perdido na estrada alguém dotado de tanto talento e carisma. Fico pensando nele como uma criança explorada pela ganância da família, do showbiz e de todas as incompreensões que o separaram de si mesmo. Tanta glória e tanto sofrimento juntos devem servir para nos ensinar alguma coisa.
Vou pensar muito nisso, enquanto reparo no quanto a morte nos torna iguais de verdade. Agora ele também é oceano. E eu me permito respirar profundamente a tristeza que sinto agora.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
I didn't it my way...
Olá meus botões,
Hoje acordei meio sorumbática, e ao pensar na canção MY WAY eu vi claro, tão claramente, que na maior parte do meu tempo I DIDN' T IT MY WAY.
Não é bom sentir isso, mas vamos lá, tenho que encarar.
Foi tanto o tempo e tamanhos os esforços despendidos na tentativa de sair da sombra, de me fazer notar e sobretudo amar, na crença de que ser legal produziria esse efeito, que terminei me esquecendo de fazer minha vida como queria, do meu jeito.
Nem dá pra mencionar as estradas equivocadas que percorri, quando queria estar indo por outras, numa dolorosa repetição de 'nãos' a mim mesma, por não saber dizê-lo aos outros. E sempre por tão justos e belos motivos.
Agora preciso me repetir, para aproveitar melhor o que tenho de futuro:
VOU ESCOLHER E TRILHAR MEU CAMINHO, DO MEU JEITO.
(e vou ler isso todo dia para reforçar meus propósitos).
Hoje acordei meio sorumbática, e ao pensar na canção MY WAY eu vi claro, tão claramente, que na maior parte do meu tempo I DIDN' T IT MY WAY.
Não é bom sentir isso, mas vamos lá, tenho que encarar.
Foi tanto o tempo e tamanhos os esforços despendidos na tentativa de sair da sombra, de me fazer notar e sobretudo amar, na crença de que ser legal produziria esse efeito, que terminei me esquecendo de fazer minha vida como queria, do meu jeito.
Nem dá pra mencionar as estradas equivocadas que percorri, quando queria estar indo por outras, numa dolorosa repetição de 'nãos' a mim mesma, por não saber dizê-lo aos outros. E sempre por tão justos e belos motivos.
Agora preciso me repetir, para aproveitar melhor o que tenho de futuro:
VOU ESCOLHER E TRILHAR MEU CAMINHO, DO MEU JEITO.
(e vou ler isso todo dia para reforçar meus propósitos).
terça-feira, 23 de junho de 2009
Autoescuta, um exercício - ou "Todo mundo fala com seus botões"
Olá meus botões,
Nessa era cibernética, volto aos meus botões. Agora não mais (ou não só) aos botões da blusa, mas também aos botões dessas páginas quase mágicas que nos acolhem. Folhas em branco a espera de histórias de nossos bate-papos com botões.
Estou numa nova transição na vida - vida que nada mais é que isso: trânsito, transitar, passar.
Enfim, estou passando, e agora passando para a estrada derradeira, o caminho de volta. O caminho de rever as marcas do transitar precedente, corrigir estratégias, reavaliar crenças, valores, e chegar perto, perto de verdade, das pessoas que preencheram a paisagem dos caminhos percorridos e que foram tocadas, e que me tocaram.
Meu corpo registrou o que foram as minhas escolhas e me deu um ultimatum. Ou fico atenta a esse começo de regresso ou vou sair da escola da vida sem ter feito monografia de conclusão. Meu corpo adoeceu, me fez parar e me avisa, com todas as sirenes, que alguma coisa não foi cumprida a contento, ou a tempo.
Então, vou deixar registrada essa aventura com meu corpo físico, a(des)ventura de ficar doente, a minha busca pelos meus corpos emocional e espiritual, e a minha tentativa de libertação do meu corpo mental que, à semelhança dos bridões que colocamos em cavalos, enquadra e limita a minha experiência vital.
Começo logo registrando o quanto surpreendi às pessoas com a minha reação à notícia de estar doente. Parece que existe também nisso um comportamento padrão aceitável - o desespero, e fora desse modelo o que se faz é 'fuga', 'negação', 'alienação' e outros rótulos.
Ah! os rótulos. Eis uma coisa que vou avaliar bastante ao longo dessa caminhada. Desenvolvemos uma compulsão analítica e classificatória na crença de que viver sem analisar e rotular as coisas é como tentar viver sem respirar. A maioria dos humanóides sequer cogita tentar, é como parar de respirar.
E, paradoxo dos paradoxos, esse movimento mental compulsivo nos faz perder o melhor da festa da vida. Simplesmente nos afasta uns dos outros. Simplesmente nos tira da verdadeira energia que nos sustenta: a energia que trocamos uns com os outros, criando bloqueios e nós onde a energia - e a nossa existência - fica embarreirada.
Então, dei algum trabalho a amigos e parentes. Como eu podia estar tão 'calma' diante de tal perigo? Eu estava enganando a todos, querendo me fazer de forte, mas eu devia estar muito perturbada e precisava urgentemente de terapias da mente e da alma, diziam todos. É certo que em todos os momentos da nossa vida precisamos de cuidados para nos mantermos lúcidos e serenos diante das dificuldades e o que mais me espantou foi constatar que as pessoas à minha volta não pudessem acreditar que pelo menos essa liçãozinha eu aprendi na vida.
Aprendi, de verdade, que nada é mais inútil na hora da dificuldade do que o desespero. Só a serenidade, mesmo à custa de autocontrole, nos permite avaliar as possibilidades com um pouco mais de clareza, agir com discernimento, e sobretudo colaborar com quem nos está auxiliando naquela dificuldade. E isso foi o que tentei fazer o tempo todo. Eu não tentei escamotear o medo, apenas deixei-o como espectador, enquanto tomava as providências necessárias. Não tentei driblar a raiva desse mal me ter chegado justo quando começava a por em prática meus planos de vida nova, mas, por inútil, deixei que ela se desfizesse ou se transmutasse em algo mais condizente com a minha necessidade.
E cá estou eu, escrevendo sobre isso, para descobrir, desvelar, revelar, para mim mesma e para quem mais se interesse por isso, como é vivenciar os estigmas - mesmo os amorosos - que vêm junto com os rótulos que em todas as nossas ações se coloca.
Por hoje está bom não é?
Nessa era cibernética, volto aos meus botões. Agora não mais (ou não só) aos botões da blusa, mas também aos botões dessas páginas quase mágicas que nos acolhem. Folhas em branco a espera de histórias de nossos bate-papos com botões.
Estou numa nova transição na vida - vida que nada mais é que isso: trânsito, transitar, passar.
Enfim, estou passando, e agora passando para a estrada derradeira, o caminho de volta. O caminho de rever as marcas do transitar precedente, corrigir estratégias, reavaliar crenças, valores, e chegar perto, perto de verdade, das pessoas que preencheram a paisagem dos caminhos percorridos e que foram tocadas, e que me tocaram.
Meu corpo registrou o que foram as minhas escolhas e me deu um ultimatum. Ou fico atenta a esse começo de regresso ou vou sair da escola da vida sem ter feito monografia de conclusão. Meu corpo adoeceu, me fez parar e me avisa, com todas as sirenes, que alguma coisa não foi cumprida a contento, ou a tempo.
Então, vou deixar registrada essa aventura com meu corpo físico, a(des)ventura de ficar doente, a minha busca pelos meus corpos emocional e espiritual, e a minha tentativa de libertação do meu corpo mental que, à semelhança dos bridões que colocamos em cavalos, enquadra e limita a minha experiência vital.
Começo logo registrando o quanto surpreendi às pessoas com a minha reação à notícia de estar doente. Parece que existe também nisso um comportamento padrão aceitável - o desespero, e fora desse modelo o que se faz é 'fuga', 'negação', 'alienação' e outros rótulos.
Ah! os rótulos. Eis uma coisa que vou avaliar bastante ao longo dessa caminhada. Desenvolvemos uma compulsão analítica e classificatória na crença de que viver sem analisar e rotular as coisas é como tentar viver sem respirar. A maioria dos humanóides sequer cogita tentar, é como parar de respirar.
E, paradoxo dos paradoxos, esse movimento mental compulsivo nos faz perder o melhor da festa da vida. Simplesmente nos afasta uns dos outros. Simplesmente nos tira da verdadeira energia que nos sustenta: a energia que trocamos uns com os outros, criando bloqueios e nós onde a energia - e a nossa existência - fica embarreirada.
Então, dei algum trabalho a amigos e parentes. Como eu podia estar tão 'calma' diante de tal perigo? Eu estava enganando a todos, querendo me fazer de forte, mas eu devia estar muito perturbada e precisava urgentemente de terapias da mente e da alma, diziam todos. É certo que em todos os momentos da nossa vida precisamos de cuidados para nos mantermos lúcidos e serenos diante das dificuldades e o que mais me espantou foi constatar que as pessoas à minha volta não pudessem acreditar que pelo menos essa liçãozinha eu aprendi na vida.
Aprendi, de verdade, que nada é mais inútil na hora da dificuldade do que o desespero. Só a serenidade, mesmo à custa de autocontrole, nos permite avaliar as possibilidades com um pouco mais de clareza, agir com discernimento, e sobretudo colaborar com quem nos está auxiliando naquela dificuldade. E isso foi o que tentei fazer o tempo todo. Eu não tentei escamotear o medo, apenas deixei-o como espectador, enquanto tomava as providências necessárias. Não tentei driblar a raiva desse mal me ter chegado justo quando começava a por em prática meus planos de vida nova, mas, por inútil, deixei que ela se desfizesse ou se transmutasse em algo mais condizente com a minha necessidade.
E cá estou eu, escrevendo sobre isso, para descobrir, desvelar, revelar, para mim mesma e para quem mais se interesse por isso, como é vivenciar os estigmas - mesmo os amorosos - que vêm junto com os rótulos que em todas as nossas ações se coloca.
Por hoje está bom não é?
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