quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vida equalizada

Olá meus botões

Um notícia de morte me fez escrever hoje sobre isso. Morreu um superastro, cuja arte acompanhou a meninice e a juventude de milhões de nós. Morreu Michael Jackson.
Curioso como a morte de alguém tão distante de mim me invade assim, me entristece mesmo.
E me faz pensar no quanto somos iguais. Superastros ou anônimos, só estamos aqui de passagem.
Mas há também uma grande diferença. A notícia da morte daquelas pessoas que tocaram meu coração de alguma maneira, mesmo que tão à distância, faz mais diferença que a notícia da morte de alguém que conhecia de perto mas que nunca chegou ao meu coração.

Que lindo mistério esse de amores que não precisam de retribuição para existir. Sim, quando meu coração se afeta com a perda de alguém que nunca fez parte física da minha vida, eu reconheço aquele AMOR que todos experimentamos um dia na vida mas que insistimos em não aceitar. O AMOR desapego, o AMOR sem posse, o AMOR que nos felicita a alma sem que precisemos cobrar nada, e que nada nos cobra. O AMOR que nos sustenta como espécie.

Quantos momentos de deleite, de alegria, de felicidade daquelas que só nossos amores nos proporcionam me chegaram através da arte daquele menino que cantava como um anjo.
Que pena que se tenha perdido na estrada alguém dotado de tanto talento e carisma. Fico pensando nele como uma criança explorada pela ganância da família, do showbiz e de todas as incompreensões que o separaram de si mesmo. Tanta glória e tanto sofrimento juntos devem servir para nos ensinar alguma coisa.

Vou pensar muito nisso, enquanto reparo no quanto a morte nos torna iguais de verdade. Agora ele também é oceano. E eu me permito respirar profundamente a tristeza que sinto agora.

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